quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mãe de autor da "lei da sacolinha" entra na Justiça contra filho

"Às vezes eu tenho uma vontade louca de xingá-lo de filha da puta!", diz dona Benedita, prejudicada pela lei que seu filho criou

Dona Benedita, de 78 anos, costumava ir religiosamente ao supermercado todas as manhãs, após a missa das 7 horas. Mas hoje sua vida mudou após a proibição das sacolinhas plásticas.


Dona Benedita vai às compras


"Eu não ia comprar muitas coisas. Era um pão, uma fruta, ou uma cervejinha. Mas agora não tenho condições. Não tenho onde carregar meus poucos produtos e com meu dinheirinho da aposentadoria não dá para ficar comprando sacolinha toda vez que vou ao mercado. E vocês que se julgam sábios para me questionar "é só lembrar de levar a sacola toda vez que estiver indo às compras", quero ver quando tiverem 78 anos como eu e com começo de Alzheimer. Os jovens hoje não lembram nem o que twittaram no minuto passado. Eu ao menos me recordo da minha primeira mensagem no telégrafo".

De opinião forte, dona Benedita conta estar processando o autor da "lei das sacolinhas", que por coincidência é seu filho.

"Onde foi que eu errei, meu jovem? Eu sempre levei meu filho fazer compras comigo quando ele era pequeno e sempre que pude levava os chocolates dele. O Kinder Ovo era um roubo, mas eu levava pra ele completar mais uma coleção. E o que eu ganho em troca? Essa lei idiota, absurda. Um crime aos velhinhos. Eu entrei na Justiça contra meu próprio filho. E às vezes eu tenho uma vontade louca de xingá-lo de filha da puta! 



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