"Às vezes eu tenho uma vontade louca de xingá-lo de filha da puta!", diz dona Benedita, prejudicada pela lei que seu filho criou
Dona Benedita, de 78 anos, costumava ir religiosamente ao supermercado todas as manhãs, após a missa das 7 horas. Mas hoje sua vida mudou após a proibição das sacolinhas plásticas.
"Eu não ia comprar muitas coisas. Era um pão, uma fruta, ou uma cervejinha. Mas agora não tenho condições. Não tenho onde carregar meus poucos produtos e com meu dinheirinho da aposentadoria não dá para ficar comprando sacolinha toda vez que vou ao mercado. E vocês que se julgam sábios para me questionar "é só lembrar de levar a sacola toda vez que estiver indo às compras", quero ver quando tiverem 78 anos como eu e com começo de Alzheimer. Os jovens hoje não lembram nem o que twittaram no minuto passado. Eu ao menos me recordo da minha primeira mensagem no telégrafo".
De opinião forte, dona Benedita conta estar processando o autor da "lei das sacolinhas", que por coincidência é seu filho.
"Onde foi que eu errei, meu jovem? Eu sempre levei meu filho fazer compras comigo quando ele era pequeno e sempre que pude levava os chocolates dele. O Kinder Ovo era um roubo, mas eu levava pra ele completar mais uma coleção. E o que eu ganho em troca? Essa lei idiota, absurda. Um crime aos velhinhos. Eu entrei na Justiça contra meu próprio filho. E às vezes eu tenho uma vontade louca de xingá-lo de filha da puta!
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