domingo, 28 de dezembro de 2014

Retrospectiva dos pinguins é marcada pelo estupro das focas

O ano dos pinguins não foi dos melhores. Em novembro, uma situação nada agradável repercutiu pelas redes sociais e rapidamente o mundo inteiro estava sabendo: as focas andavam estuprando pinguins. "Nunca fizemos nada de mal para elas, nem para ninguém. Isso arruinou completamente nosso ano", disse Pinguço Nunes, integrante do movimento Foca The System, que pretende retomar a dignidade dos pinguins.



Foi um péssimo ano! Vai pra pqp por ter feito parte dele!

Além de acabar com a imagem dos pinguins no reino animal, causaram um outro grande problema: mexeram com as finanças deles. Isso porque o gasto com Hipoglos consumia cerca de 40% do orçamento desses animais marinhos. "Enquanto todo mundo se divertia rindo às custas do nosso sofrimento, nós tínhamos essa despesa extra. E ninguém fez campanha para nos ajudar. Só porque somos brancos e elitizados. Queremos a criação do Pinguins Sem Fronteiras já", afirmou Pingo de Carvalho, representante do "Eu não mereço ser estuprado", outro movimento que surgiu recentemente.

Como foi o único fato noticiado esse ano sobre os pinguins, era também o único assunto disponível para ter na retrospectiva. Apesar disso, a empresa de Mark Zuckerberg pediu desculpas por meio de comunicado oficial. "Lamentamos a falta de sensibilidade da nossa empresa e já pedimos para retirar o conteúdo do ar".

Tentando despistar, uma foca mais engraçadinha tentou fazer uma piada.

- Se uma foca olha para a outra, qual a manchete? Foca foca foca.




segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Aplicativo que corrige erros de português sofre pane

Um novo aplicativo que prometia revolucionar a língua portuguesa não suportou o número de operações por segundo e entrou em pane na noite desta segunda-feira. Criado no mês passado por dois professores, o app Pasquale-Nogueira foi um sucesso de downloads, alcançando a marca de 190 milhões de brasileiros logo na primeira semana. Os outros 10 milhões ainda não têm acesso à internet e por isso não usam.

                               Para o nível dos brasileiros, uma frase até que com poucos erros

Em um país onde o alfabetismo é funcional (funciona para se comunicar e olhe lá), esse aplicativo vinha mudando a maneira como os brasileiros encaravam as palavras. "Foi a primeira vez que recebi uma tese acadêmica sem nenhum erro de português. O problema é que o aluno colocou na função que escrevia sozinho e saiu um texto completamente sem sentido", diz o professor de História Medieval da UFRJ, Ervaldo de Carvalho.

O PN possibilita muito mais que a autocorreção que apps como Whatsapp oferecem. Com ele, mesmo se você estiver escrevendo em um programa como Word ou em um papel, soa um alarme avisando que a palavra estava errada. "Desenvolvemos um sistema que através de um sensor ultramoderno detectava a palavra errada. E então dava um pequeno choque na pessoa. Nossa intenção era educar na dor, já que no amor é impossível", diz Samantha Koplang, que trabalhou na criação do site. Ela é dinamarquesa, está há 2 anos no Brasil e tem português melhor do que o seu, leitor.

No entanto, dois fatores contribuíram para o fracasso do aplicativo. A Sociedade Brasileira de Medicina classificou como MUITO PERIGOSO o número de choques que as pessoas levavam por dia, estimado entre 200 e 300 para alguém que escreve até 350 palavras por dia - a média de um cidadão comum. Além disso, o servidor não suportou o número de tarefas por segundo. Calcula-se que seja necessário um investimento da ordem de U$S 5 bilhões para comprar um que seja capaz de cumprir sua única missão: corrigir os erros de português dos brasileiros.