segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Niemeyer atribui longevidade ao ateísmo: "é um castigo divino"

Oscar Nieyemer, 103 anos, não consegue morrer. Cansado com os rumos que a modernidade vem tomando, o arquiteto nascido no longínquo ano de 1907, já tentou se matar três vezes nos últimos dois anos. Todas elas não obtiveram sucesso pelo que o mito brasileiro considera "pequenas intervenções divinas". Confira trechos da entrevista concedida por Oscar Niemeyer ao "Mateus: O Espetacularizador".

"Acho que foi Deus", diz o ateu Niemeyer

                                Desenho de Niemeyer com seis meses de vida

O Espetacularizador: Como é viver tanto?
Oscar Niemeyer: Chega uma hora que cansa.

O Espetacularizador: Mas o senhor parece um entusiasta da vida, 103 anos e vários projetos...
Oscar Niemeyer: É apenas o meu lado criativo do cérebro que é muito forte. Se eu tomo café, a borra da xícara me inspira. Tudo me inspira. Então, quero deixar o meu legado. Mas a vida, com tudo que o capitalismo trouxe de ruim, essa já não me interessa.

O Espetacularizador: Já tentou se matar?
Oscar Niemeyer: Só nos últimos dois anos foram três vezes, todas sem sucesso.

O Espetacularizador: O que houve de errado?
Oscar Niemeyer: Acho que foi Deus.

O Espetacularizador: Como assim!? O senhor não é ateu?
Oscar Niemeyer: Sim, totalmente ateu. Mas a única explicação plausível para meus infortúnios ao tentar me matar é a existência de um Deus. Por todos esses anos que neguei a existência Dele, eu não conseguir me matar só pode ser um castigo divino. 

O Espetacularizador: O senhor então está acreditando em Deus?
Oscar Niemeyer: Não. Mas assim como de um traço nasce obras faraônicas, de um traço também pode ter nascido a humanidade.

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