segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Aplicativo que corrige erros de português sofre pane

Um novo aplicativo que prometia revolucionar a língua portuguesa não suportou o número de operações por segundo e entrou em pane na noite desta segunda-feira. Criado no mês passado por dois professores, o app Pasquale-Nogueira foi um sucesso de downloads, alcançando a marca de 190 milhões de brasileiros logo na primeira semana. Os outros 10 milhões ainda não têm acesso à internet e por isso não usam.

                               Para o nível dos brasileiros, uma frase até que com poucos erros

Em um país onde o alfabetismo é funcional (funciona para se comunicar e olhe lá), esse aplicativo vinha mudando a maneira como os brasileiros encaravam as palavras. "Foi a primeira vez que recebi uma tese acadêmica sem nenhum erro de português. O problema é que o aluno colocou na função que escrevia sozinho e saiu um texto completamente sem sentido", diz o professor de História Medieval da UFRJ, Ervaldo de Carvalho.

O PN possibilita muito mais que a autocorreção que apps como Whatsapp oferecem. Com ele, mesmo se você estiver escrevendo em um programa como Word ou em um papel, soa um alarme avisando que a palavra estava errada. "Desenvolvemos um sistema que através de um sensor ultramoderno detectava a palavra errada. E então dava um pequeno choque na pessoa. Nossa intenção era educar na dor, já que no amor é impossível", diz Samantha Koplang, que trabalhou na criação do site. Ela é dinamarquesa, está há 2 anos no Brasil e tem português melhor do que o seu, leitor.

No entanto, dois fatores contribuíram para o fracasso do aplicativo. A Sociedade Brasileira de Medicina classificou como MUITO PERIGOSO o número de choques que as pessoas levavam por dia, estimado entre 200 e 300 para alguém que escreve até 350 palavras por dia - a média de um cidadão comum. Além disso, o servidor não suportou o número de tarefas por segundo. Calcula-se que seja necessário um investimento da ordem de U$S 5 bilhões para comprar um que seja capaz de cumprir sua única missão: corrigir os erros de português dos brasileiros.



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